Primeiro eu terminei de ler “The (Mis)Behaviour of Markets” do Mandelbrot.[1] [amazonify]0465043577[/amazonify] É um livrinho bacana sobre o uso de fractais pra modelar o comportamento do mercado financeiro. Alias, o Mandelbrot é TÂO cheio de si que fica até engraçado o narcisismo total e completo do livro. Acho que pra cada referencia algum outro autor ele cita uma publicação dele mesmo em que ele trata do mesmo assunto. Tirando a quantidade de vezes que ele fala da matemática dos fractais que ELE inventou na década de 70 😉 Mas por increça que parível, o livro é MUITO BOM! É fácil de ler (sem muito economiquês nem matemática, afinal é um livro pro público em geral) e com todo o narcisismo, ele não tenta impor a visão dele como única, apenas como sendo uma viável dentre as muitas (apesar dele enumerar as dúzias de vantagens dos modelos dele, claro). Dá uma visão geral da história por tras dos mercados e da modelagem matemática dos mercados, sem muito detalhe de implementação 😉 É divertido e vale a pena de ser lido por quem “brinca” na bolsa.
(por sinal tenho uma cópia que veio a mais da amazon, se alguém quiser comprar…)
Depois parti pro Helix, do Eric Brown, que ganhei de natal do meu irmão. [amazonify]1844164721[/amazonify] Muda totalmente de estilo, claro. Agora é um livro de FC e não de mercado financeiro. A idéia é a mesma de sempre: terra pós-apocaliptica manda nave com os sobreviventes “escolhidos” para criar uma funda^H^H^H^H colônia em um planeta distante. Todos congeladinhos pra serem descongelados no destino, mas um imprevisto (como estamos na modernidade o imprevisto é um ataque terrorista, claro ;)) acontece e eles pousam um pouco antes da hora (mas já pertinho do alvo) só pra descobrir uma Ringworld^H^H^H^H^H espiral (Helix) de planetas presos “como contas em um colar”. Seguem-se duas estórias paralelas desde o início: a dos pioneiros entre os colonos tentando achar um mundo habitável para descongelar o resto da galera, e a de um alien semi-primitivo steampunk lutando contra o governo teocêntrico de seu próprio planeta (qualquer semelhança é mera realidade?). A cada final de capítulo uma pausa para suspense: será que AGORA os colonos encontraram o alien semi-primitivo ou vice versa? Mas não se assustem, se eles se encontrassem cedo demais a estória perdia a graça, n’est-ce pas? No final Tout est bien qui fini mal conclu! As pontas soltas continuam soltas, e você continua meio na dúvida do propósito de tudo, explicado em duas páginas. Mas é engraçadinho e divertido. Leitura para devorar em poucas horas as 500 e poucas páginas. Mais profundo que harry poter, e é mais uma estória de aventura do que de FC propriamente dita (nada de tecnologias mirabolantes, apenas pessoas passando por apertos e confusões num ambiente alienígena). Vale bem a leitura, mesmo não merecendo um Hugo.
- ? Eu nunca tinha reparado o quanto que a cara do Mandelbrot parece com o conjunto de mandelbrot, hehehe 🙂
—girino 16:02, 6 Fevereiro 2008 (BRST)