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Quando os sapos uivam, a internet re-passa…

Lá pros idos de 1900 e antigamente, quando papel @ wikipedia.org (en) ainda era meio de comunicação de massas e as pessoas usavam fita cassete @ wikipedia.org (en) pelo correio @ wikipedia.org (en) pra mandar músicas pros amigos distantes, meu irmão se interessou por literatura. Poesia em especial. E seguindo os estranhos costumes daquela época medieval, usou de um mecanismo de divulgação bastante estranho: O Fanzine @ wikipedia.org (en).

Pra quem não viveu na era das trevas @ wikipedia.org (en), quando google era o barulho que a coca-cola fazia ao sair do “casco” de vidro com tampinha que nem rosca tinha, um Fanzine é um pedaço de papel onde pessoas escreviam suas idéias, desenhos, obras, críticas ou qualquer manifestação que hoje cai no domínio da DMCA @ wikipedia.org (en), e distribuíam entre os amigos, nas escolas e faculdades ou mesmo no centro da cidade. Usavam-se tecnologias estranhas como “mimeógrafo @ wikipedia.org (pt)” ou “máquina de xerox @ wikipedia.org (en)”, que assustariam qualquer um hoje em dia, mas que eram demandadas pela religião @ wikipedia.org (en) e tecnologia da época como purificadoras das cópias impressas de forma barata e prática.

Claro que religiões, assim como ciência e tecnologia, mudam um dia! E o Fanzine do Sapão evoluiu! De papel virou bits @ wikipedia.org (en), de bits virou HTML @ wikipedia.org (en), HTTP @ wikipedia.org (en), e por fim virou Blog!

Então, depois de um milênio de evoluções, tenho o prazer de (re)apresentar o Fanzine que o Sapão lançava nos idos do milênio passado:

UIVO

Que como o Sapão mesmo descreve:

O Uivo foi um fanzine (em papel e depois na web) dedicado à publicação de textos literários de autores pouco (ou nada) conhecidos. Agora é um blog…

link (thanks, e re-thanks sapão)

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Uma cidade, um homem e uma igreja

[amazonify]0525950486:right[/amazonify]Esta é a história contada em A Catedral do Mar, de Ildefonso Falcones @ wikipedia.org (es). Podia ser um romance histórico: Conta o reinado de Pedro III @ wikipedia.org (en) da catalunha. Ou as relações entre nobres, comerciantes e camponeses catalões no século XIV. E ainda a peste, e o despovoamento. As guerras, lutas e intrigas políticas. As relações entre cristãos, judeus e inquisição @ wikipedia.org (pt). Ou entre o papa @ wikipedia.org (en) e o rei. Ou entre a Catalunha @ wikipedia.org (pt) velha e a nova. Entre bastaixos @ wikipedia.org (es), barqueiros e marinheiros. Entre mulheres nobres, camponesas, prostitutas e suas roupas coloridas.

Mas não é!

É a história de um homem que nasceu, cresceu e viveu por uma cidade e por sua igreja: Santa Maria do Mar @ wikipedia.org (en). Um homem do povo que amava o povo e se dedicava a ele. Um homem bom. E sua dedicação a Santa Maria do Mar: a mãe que nunca teve.

É Arnau Estanyol, filho de um camponês fugido que encontra a liberdade em Barcelona @ wikipedia.org (en). Sua lembrança de um pai orgulhoso dizendo: “Agora somos livres!”, o faz resistir aos desmandos da nobreza e dos ricos, se tornar um bastaix @ wikipedia.org (en), orgulhoso de seu trabalho duro. Resistir à peste que lhe tira entes queridos. Resistir à ruína e à inquisição.

É um livro que prende a gente do início ao fim! Não passa um capítulo sem o suspense e a surpresa do que virá a seguir. Cada capítulo é inebriante, denso e encantador! Não é um romance histórico, é a história de um homem que deu tudo por sua cidade, sua igreja e sua santa. E quando menos esperava, foi salvo por todos aqueles a quem ele se dedicou ou amou.

É um livro que deixa a gente triste quando vê que está acabando. Eu queria mais! Quero mais! Por favor Arnau, não me deixe sem histórias!

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