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Windows == 20% do PIB per capita

TuxAtravés do Slashdot me deparei com 3 artigos interessantes sobre porque o software livre é tão “forte” no Brasil. O primeiro apresenta de cara um levantamento “econômico”: o Windows para um Brasileiro custa 20% do PIB per capita, contra 1% para um americano. Essa diferença por si só já justificaria bastante coisa, mas ele entra com outros fatores:

  1. Total desrespeito por direitos autorais
  2. fortes sentimentos anti-microsoft, e
  3. monopólio “linux” entre os geeks dominantes.

Citando ainda um agravante para os dois primeiros pontos: Forte sentimento anti-americanista. Acho que pra nós, nada de novo… Mesmo assim, com explicações históricas e levantamentos ele embasa muito bem essas opiniões. Excelente artigo.

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O segundo basicamente “cita” o primeiro com um breve resumo e acrescenta: Nem tudo é sentimento anti-americano, parte disso é só a percepção de que é quase impossível construir um negócio na área de software de sucesso baseado em software alheio :).

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Por último vem um artigo sobre a degradação da imagem do Brasil como paraíso do software livre. Os motivos são controversos: corrupção ou incompetência, tanto faz. O Brasil desrespeita TANTO os direitos autorais que nem mesmo as licensas livres (que são também baseadas nos princípios dos direitos autorais) são respeitadas. As políticas públicas se baseam mais em “chupar” software de graça já que não dá pra piratear microsoft, do que em criar realmente um desenvolvimento de sotware local (o que seria louvável). Por fim, o governo Lula abandonou no último mandato qualquer menção ao software livre exceto por coisas vagas como “melhorar os serviços para o cidadão (…) e ampliar a base tecnológica, incluindo o uso de software livre”.

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Se Neil Gaiman pega leve com a JKRowling, o Orson Scott Card não…

Se no meu post anterior eu falei sobre o Neil Gaiman @ wikipedia.org (en) “filosofando” e pegando leve com a autora de Harry Potter @ wikipedia.org (en) (ou seria Larry Potter @ wikipedia.org (en)?), pois o Orson Scott Card @ wikipedia.org (en) não quer nem saber: Desceu a lenha na dona! Num artigo dele pro rhinotimes, Orson fala abertamente sobre a falta de caráter da JKRowling, da “frivolidade” do processo contra Vander Ark @ wikipedia.org (en), da publicidade negativa e dor de cabeça que ela vai ter, não por causa da publicação do “Lexycon”, mas do processo fútil e impopular, da busca por respeito acadêmico que seu livro nunca vai ter por mais que venda, e principalmente, de como ela chupou as obras de tantos escritores antes dela e agora quer impedir que chupem dela menos do que ela mesmo chupou.

Ele começa dando logo uma voadora no peito:
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A young kid growing up in an oppressive family situation suddenly learns that he is one of a special class of children with special abilities, who are to be educated in a remote training facility where student life is dominated by an intense game played by teams flying in midair, at which this kid turns out to be exceptionally talented and a natural leader. He trains other kids in unauthorized extra sessions, which enrages his enemies, who attack him with the intention of killing him; but he is protected by his loyal, brilliant friends and gains strength from the love of some of his family members. He is given special guidance by an older man of legendary accomplishments who previously kept the enemy at bay. He goes on to become the crucial figure in a struggle against an unseen enemy who threatens the whole world.

E sim, ele está falando do próprio livro, Ender’s Game @ wikipedia.org (en), publicado anos antes da JKRowling pensar em escrever Harry Potter. Numa coisa eu não posso deixar de concordar com ele: De agora em diante a Dona Rowling deixou de ser a Cinderela literária e virou a bruxa má! Será que toda cinderela vira bruxa, por isso nunca ouvimos o final dos contos de fadas?

link (via /.)

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Mais gaiman, mais Copyright, mais JKRowling…

O Neil Gaiman escreveu mais um pouco sobre o assunto, segundo ele: a few final copyright thoughts before we leave the subject entirely1). Foi uma resposta a um leitor que questionou as semelhanças entre o caso dele contra McFarlane @ wikipedia.org (en) e do caso da JKRowling @ wikipedia.org (en), e de como no final as disputas judiciais não se referem aquilo que você inicialmente pensa.

Em um resumo rápido, ele pensava que a disputa dele com McFarlane era sobre “direitos de criação, e fazer Todd [McFarlane] cumprir suas promessas”, enquanto no final o caso provou ser sobre simplesmente “quando começa a contar o tempo num caso de copyright”. E similarmente, o caso da JKRowling não é sobre ela poder publicar seu próprio dicionário do mundo de H.P., sobre alguém faturar com as obras alheias ou sobre impedir fãs de publicarem obras sobre seus ídolos, mas simplesmente sobre clarificar as “gray areas” da lei de copyright sobre o que pode ser considerado um trabalho original e o que não pode, e quanto trabalho precisa ser feito para que seja “original”:

The King James Bible is in the public domain. If you made a lexicon or concordance of the King James Bible, listing every person and place mentioned in there, something that would take you a lot of time — you could copyright it. If someone copied it — simply took your King James Bible Lexicon book and put their name on it — could you sue them? Should you?

link (thanks ricbit)

References

References
1 tradução livre “alguns últimos pensamentos sobre copyright antes de abandonar de vez o assunto”
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Neil gaiman e “fair use” e Shannon/Minsky “Ultimate Machine”

Acordei hoje com duas notícias legais no boingboing:

[amazonify]1563891875[/amazonify]A primeira, é um link pro blog do Neil Gaiman @ wikipedia.org (en), com um texto sobre JKRowling @ wikipedia.org (en), Tim Hunter @ wikipedia.org (en), plágio e “fair use @ wikipedia.org (en)”. Com a polêmica em torno do processo da JKRowling contra um fã que lançou um “dicionário” do mundo de Harry Potter, voltam a tona as histórias que acusam o mago juvenil de ser chupado dos Livros da Magia @ wikipedia.org (en). Gaiman se defende das acusações por ela, e ainda de outras como subornos para não acusá-la de plágio: [amazonify]0545010225:right[/amazonify]

(…) [N]o, I certainly *didn’t* believe that Rowling had ripped off Books of Magic, that I doubted she’d read it and that it wouldn’t matter if she had: I wasn’t the first writer to create a young magician with potential, nor was Rowling the first to send one to school. It’s not the ideas, it’s what you do with them that matters.

Genre fiction, as Terry Pratchett has pointed out, is a stew. You take stuff out of the pot, you put stuff back. The stew bubbles on.

link (via boingboing)

A outra notícia é de um atoa sujeito habilidoso que construiu uma “ultimate machine”, descrita por Claude Shannon @ wikipedia.org (en) e Marvin Minsky @ wikipedia.org (en) em um artigo bem humorado: Basicamente uma caixa com um interruptor que quando ligado faz abrir a caixa de onde sai uma mão que desliga o interruptor. Nada mais inútil ;). Pois esse sujeito não sossegou enquanto não construiu a sua própria “ultimate machine”. Tudo registrado em vídeo, claro:

link (by boingboing)

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