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Knol, ou uma enxurada de girinadas.

O google lançou o seu complemento/concorrente da wikipédia: knol!

É tudo que um girino pediu a Deus! Nada de fontes, referências, ponto de vista neutro, o escambau aquático! É simplesmente um repositório de conhecimento, QUALQUER UM! Quer lugar melhor pras minhas girinadas? Pois já comecei por lá: escrevi um artiguinho sobre a Lilica Westies, copiei pra lá sem tirar nem por meu tutorial de fractais, e o que eu gastei mais tempo: um artigão, em inglês, introdutório sobre compressão de dados. (Essa foto aí do lado é uma das ilustrações toscas que eu fiz pro artigo 😉 ) Quem animar, dê uma olhada:

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Mando chamar a mãe-d’água pra me contar as histórias que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar.

Ou pra cantar essa música, que eu ouvia, e ouvia, e adorava, e agora, depois de velho, que entendo que não é só uma sonoridade e poesia, adoro ainda mais:

No porto de Amsterdã
Os marinheiros cantam
Sonhos que os assombram
Ao largo de Amsterdã.
No porto de Amsterdã
Os marinheiros dormem
Junto com os estandartes
Ao longo das margens mortas
No porto de Amsterdã
Os marinheiros morrem
Cheios de porre e de dramas
Aos primeiros sinais
Mas no porto de Amsterdã
Os marinheiros nascem
Naquele calor espesso
De apatia oceânia

No porto de Amsterdã
Os marinheiros comem
Nas toalhas tão brancas
Onde o peixe escorre
E eles mostram os dentes
Pra morder a fortuna
Pra esconder a Lua
Pra roer os cordames
E o fedor de morua
Chega em meio às fritas
Que os seus dedos convidam
A chegarem mais
Depois se levantam à rir
Quase como um trovão
Fechando a Braguilha
E arrotando então

No porto de Amsterdã
Os marinheiros dançam
Esfregando a pança
Na pança das damas
E eles giram, e dançam
Como astros escarrados
Ao som arregaçado
De um acordeão ranço
E eles torcem a nuca
Pra se ouvirem rir
Até que, de repente
O acordeão chega ao fim
Então de jeito sério
Então de olhar firme
Eles trazem suas batavas
Pr’onde a luz lhes sorri

No porto de Amsterdã
Os marinheiros bebem
E bebem e re-bebem
e bebem ainda mais
Eles bebem à saúde
Das piranhas de Amsterdã
De Hamburgo ou além
Enfim, bebem às damas
Que lhes dão seus corpos firmes
Que lhes entregam suas virtudes
Por uma prata ou um ouro
E quando beberam demais
Se enfiam de nariz no céu
Se assoam nas estrelas
E mijam como eu choro
Nas mulheres infiéis
No porto de Amsterdã
Dans le port d’Amsterdam.1)

References

References
1 Tradução livre da música “Amsterdam @ wikipedia.org (en)”, sucesso de Jacques Brel @ wikipedia.org (en) na década de 1960
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quais sao os tipos de rlogios?

A coisa tá sofisticando TANTO que nem preciso olhar as estatisticas de busca! O pessoal deixa as perguntas estranhas DIRETO nos comentários! Pois então vamos lá. Em primeiro lugar vou reescrever a pergunta de forma a torná-la inteligível, e adequá-la às normas do português “correto”:

  • Quais são os tipos de relógio?

Ainda falta uma contextualização, afinal “quais são” é muito vago, então mudemos para:

Quais os tipos de relógio existentes?

Pois bem, como sempre, vou escrever duas explicações: Uma girinada e uma com algum embasamento, apesar de ligeiramente enfeitada com o uso de licença poética e de fatos absurdos relatados pela lixopédia lusitana @ wikipedia.org (pt).

Primeira explicação:

De cara, acho que a explicação mais fácil é que existem 2 tipos de relógio: Os que funcionam e os que não! Mas se eu respondesse só isso, vocês, queridos leitores1) iriam reclamar! Pois bem, não reclamem, eu vou responder de forma mais completa. de cabeça assim, consigo pensar nos seguintes tipos, não necessariamente excludentes:

  • Relógio de pulso,
  • de bolso,
  • de mesa,
  • de sala,
  • de ponteiro,
  • de gital ;),
  • de pêndulo,
  • de igreja,
  • de parede,
  • de água,
  • de areia,
  • mecânico,
  • hidráulico,
  • eletrônico,
  • atômico,
  • astronômico,
  • cômico,
  • megafônico e
  • afônico.

Mas vamos tentar usar um pouco de história pra levantar os tipos.

No início, era o verbo, e então Deus criou o substantivo, o adjetivo e o adjunto adverbial causal indicativo temporal. Foi aí que ele percebeu que precisaria de uma forma de marcar o tempo.

De início, a contagem de dias e a separação de manhã, tarde e noite já bastavam. Depois ele precisou de uma coisa mais precisa. Aí surgiu o relógio! Dizem que foi de sol, já que os dias quem marcava era o sol. Então temos aqui nosso primeiro tipo:

  • Relógio de sol

Depois disso, descobriram que água pingando de uma torneira mal fechada pinga sempre na mesma velocidade! Dessa magnífica invenção criaram o tampão de ouvido e também a

  • clepsidra, ou o relógio de água!

Em seguida, viram que as velas também queimam em velocidade igual! E criaram os bolos de aniversário, e depois as

  • velas graduadas.

Mas, sabe como é a civilização? máquinas, sempre máquinas! Queriam um

  • relógio MECÂNICO!

Por último, chega o século 20, com seus transistores, diodos e chips semicondutores. Os relógios, claro, não queriam ficar pra trás! Surgiram os

  • relógios eletrônicos.

Mas tirando o Pêndulo de Galileu e o 130, não existia nenhuma maneira precisa de medir o tempo a não ser observando as estrelas por milhares de anos. Por isso os físicos não se deram por rogados, prenderam um gato numa caixa com um contador geiger e fizeram o

  • relógio atômico.

E assim conseguimos classificar nossos relógios por “força motriz”, nos 4 elementos naturais da alquimia:

FogoTerraÁguaAr

  • terra: O relógio de sol, que depende do movimento da terra em torno de si mesma, e os mecânicos, que dependem de pêndulos atraídos pela gravidade da terra.
  • fogo: as velas graduadas.
  • agua: as clepsidras.
  • ar: Os relógios eletrônicos que vivem de vento!

E por ultimo os relógios atômicos que funcionam com 50% de terra, 50% de fogo, 50% de água, 50% de ar, 50% de gato e 50% de ursoporcômem @ wikipedia.org (en).

A wikipédia, por outro lado usa uma classificação mais simples:

Analógicos, digitais e auditivos. Hein? Auditivos? Porque diabos um relógio auditivo não se encaixaria nas duas categorias anteriores? Sei-la, mas a voz da wikipédia é a voz de Deus…

Por outro lado, podemos cair pra segunda explicação, também baseada na história dos relógios:

Segunda teoria

A segunda teoria classifica os relógios de acordo com “onde” eles ficam. Não, não é posição geográfica não, é só o lugar onde eles estão apoiados mesmo. Pesquisas internacionais revelam que os primeiros relógios, os de sol, eram instalados no chão ou em pedestais. Esses são os

  • relógios de chão.

Enquanto as clepsidras eram instaladas em palácios, dentro de salas próprias, em geral dentro de templos construídos só pra isso, por isso são os

  • relógios de templo.

Já os relógios astronômicos eram construídos “no papel” com mapas das estrelas. Estes são os

  • relógios de mapa.

No mundo moderno, dos relógios que conhecemos hoje, os relógios mecânicos dominam. Os primeiros deles, claro, eram os relógios de sino, que serviam apenas pra tocar os sinos das igrejas na hora da missa. Esses são os

  • relógios de sino (duh).

A evolução deles, claro, são os relógios enormes que ficavam nas torres das igrejas, que são conhecidos por

  • relógios de torre

Com a miniaturização, e coma invenção de galileu pelo pêndulo, na igreja de pisa, surgiram os

Em decorrência de pêndulos cada vez menores, os

  • relógios de mesa

surgiram. E depois deles os

  • relógios de bolso

e os

  • relógios de pulso.

Por fim temos os modernos relógios que não são colocados em lugar nenhum, ou melhor, ficam em salas próprias, ou dentro da cabeça dos computadores. Esses são os relógios atômicos e os relógios virtuais.

Bom, como sempre, classifiquei os relógios de todo jeito, mas as girinadas permeiam os textos. As dicas pra encontrar a verdade estão por aí, quem quiser que ache! Mas o mais fácil mesmo é perguntar pra professora o que que ela quer, porque professor, sabe como é? Faz cada pergunta infundada só pra provar que a versão dele tá certa…

References

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1 como se eu tivesse mais de um, pra usar plural!
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Quem criou o relógio de ponteiro?

Tudo começou hoje de manhã em conversa com a Sharon. Ela falou sobre as buscas “engraçadas” que caiam no blog duma amiga dela. Resolvi ver o que rolava no meu blog. Essa daí eu escolhi pra hoje porque, apesar de não ser engraçada, é fácil de responder 🙂

Como bom girino que sou, vou dar duas respostas. Uma delas correta, a outra uma girinada. Cabe ao leitor ser esperto e descobrir qual a certa.

Primeira explicação…

Sabe se bem que os relógios de sol foram os primeiros,  e estes usavam um ponteiro único que era a sombra de um braço fixo. Os responsáveis por essa invenção, ao que parece, foram os gnomos. Quer dizer, eu também hesitei em acreditar. Mas a wikipédia falou, tá falado. Mas acho que nosso colega queria saber dos modernos relógios mecânicos, de dois ponteiros móveis. Nisso a controvérsia é ainda maior. Porque de gnomos, criaturinhas mágicas, evoluímos pra uma criaturinha mágica maior e mais vermelha: o Papa. Foi o Papa Silvestre II que ganhou o mérito, mesmo o califa Harum-ahal-muffada tendo muito antes enviado um elefante que sabia ler as horas para a  corte de Carlos Magno.

Chineses e árabes, ao que parece, eram muito bons com toda essa relojoaria, e vários tratados dos séculos IX, X e XI sobrevivem em chinês, árabe e espanhol contando toda essa arte em detalhes. Mesmo assim ainda faltava um pedaço pro relógio de ponteiros: O ponteiro (duh) dos minutos!

Esse daí quem ganhou foi um ser mundano, nada de elefantes, gnomos ou sumo-pontífices… Foi um tal de Irmão Paulo que em 1475 descreveu o primeiro relógio com ponteiro de minutos. Mesmo assim a wikipédia acha que ele carece de fontes.

No fim, meu amigo, acho que não era bem isso que você queria saber! Provavelmente sua professora de ciências não sabia ensinar direito e falou que o Galileu inventou em 1657 o pêndulo, e conseqüentemente o relógio de pêndulo e todos os outros relógios até a invenção do cristal de silício semi-condutor 😛

Mas lembre-se: confira toda essa estória, pois pode ser uma girinada!

Outra explicação…

Bah, gnomos e papas… Quem acredita nisso? Os romanos, como se sabe, já marcavam bem o tempo com clepsidras, que eram relógios de água. Inclusive tinha um enorme no prédio do Senado, roubado de Siracusa, é claro, e projetado por Arquimedes. Mas esses não tinham ponteiros. Era o nível da água que indicava o tempo.

Carlos Magno andou revivendo um pouco a civilização européia, e existem registros de clepsidras com ponteiros (na verdade eram marcadores presos numa bóia, igual temos em caixa d’água ou em tanques de gazolina de fusca) que corriam ao longo de uma escala graduada. Mas ainda assim, não é o que você quer.

Os árabes, por outro lado, herdaram do grego a mania de contar as horas a partir de meia noite. Igual fazemos hoje! Parece que era muito útil pra calcular o calendário lunar e o diabo do ramadã deles,que cada ano cai numa época diferente. Pois bem, Seleucidas estabelecidos em Bagdá no século IX herdamos os primeiros relógios de ponteiro. Claro que, numa civilização diferente, numa época tão antiga, os registros não ficam claros, mas em 1088 o matemático e engenheiro árabe Almir al-Satr publicou um livro sobre mecanismos e engenhos em geral que se intitulava (numa tradução porca e mal feita porque não sei árabe e traduzi foi do inglês da wikipédia) “O livro do conhecimento em engenhosos dispositivos mecânicos”. Nesse livro ele descreve vários tipos de relógios com ponteiro único, inclusive um dispositivo baseado em sinos, que poderia tirar toda a glória do Galileu na sua invenção (sim, sim, nessa explicação eu não nego que a sua professora provavelmente é burra e queria que você falasse logo que era galileu, em 1657, porque essa data não dá pra girinar.. É conhecida demais…).

Ainda assim faltava o ponteiro dos minutos, ah esse famigerado ponteiro que nos deixa tantas noites sem dormir enquanto esperamos que ele simplesmente ultrapasse o outro, só pra perceber que ele está novamente tentando alcançá-lo!

O ponteiro de minutos foi uma invenção difícil. Mesmo com os pêndulos de Galileu, as pessoas ainda tentavam se virar com um ponteiro só. Claro que isso causava um enorme transtorno. Imagina o TAMANHO do relógio pra poder caber 60 marcações entre uma hora e outra? Ainda bem que os ocidentais usavam 2 turnos de 12 horas, e não o turno único de 24 horas dos gregos antigos e árabes…

Foi só em 1747 que Voltaire descreve um relógio maravilhoso feito pelo relojoeiro parisiense Mr. Cadran de la Montre, que teria 2 ponteiros, um deles somente para os minutos. Era ainda um “design” primitivo, já que pela descrição de Voltaire, os ponteiros giravam em mostradores distintos. Era como se fossem dois relógios lado a lado: um para os minutos e outro para as horas.

Mas a evolução daí por diante foi rápida, e na década seguinte já praticamente todo relógio fabricado na europa possuía os tais dois ponteiros.

E nessa estória toda, lembrei que sua professora poderia ser ainda mais burra! Nem é relógio de ponteiro o que ela quer, e nem galileu que ela não entendeu. Ela quer mesmo é o relógio de pulso! E pior, ela acha que foi o Santos Dumont. Aí melou, porque a rainha Vitória, da inglaterra, já usava relógios de pulsos feitos pelo relojoeiro do palácio de Buckingham mais ou menos um século antes do nosso anãozinho voador pensar no dele. (Putz, algum ufanista tomou conta da wikipédia e deu um jeito de garantir o lado do Petit Santôs: Ele mais seu amigo relojoeiro Louis Cartier inventaram não o relógio de pulso, mas o relógio de pulso “For men”, afinal os modelos anteriores eram todos para mulheres… Tá bom viu!)

Enfim, se você for curioso, vai investigar e descobrir qual estória está certa. Se for esperto, já vai sair sabendo bem mais que quando entrou, e se for burro vai responder pra professora a verdade e levar um zero. Então, seja sensato. A menos que você consiga desbancar sua professora num debate justo, minta! Diga que foi Galileu, e depois Santos Dumont. É isso que ela quer ouvir! Depois, na surdina do recreio, junte a molecada e mostre esse post no meu blog. Te garanto que a vida da professora nunca mais será a mesma com as risadinhas pelas costas e os desenhos dela com orelhas de burro no quadro negro.

P.S.: Coloquei o post na categoria de “muler pelada” pra ver se dá mais público 😉 Confessa que era isso que você tava procurando quando me achou aqui! Confessa!

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Mandelbrot discostas!!!

Ou melhor, nas costas:

Nunca pensei em fazer uma tatuagem, mas essa aí mata a pau! (mas a mulerzinha é meio esquisitinha, ombro demais ou quadril de menos, não consegui descobrir ainda)…

link (thanks ricbit)

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Coisas inúteis e divertidas

Hot Babe

Nada melhor pra agradar um nerd do que aquilo que ele nunca viu ao vivo: Mulher pelada! Pois foi navegando pela web que eu descobri essa inutilidade divertida própria para agradar nerds: Hot-Babe. É um medidor de carga da CPU que ao invés de gráficos e números, mostra uma mulherzinha cuja roupa some a medida que o processamento fica “quente”1).

Não gostei de alguns detalhes: Não consegui configurar a posição e o tamanho da mulherzinha na tela (mas também não tentei muito), e a coisa é BEM inútil. Mas sei-la, sempre tem algum adolescente tardio que vai ler meu blog e adorar a coisa!

References

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1 Pra quem for mais bobo, “hot” em inglês quer dizer “quente” e também “gostosa” ou “sensual”
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